Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Álvaro de Campos
6 comentários:
Quando li isto não consegui deixar de sorrir ao pensar que, antes do 12º, este poema seria apenas mais um em que eu não perceberia o significado... Afinal a escola serve para alguma coisa :p
Dreamer Girl, eu só comecei a gostar de poesia, principalmente Fernando Pessoa, depois do 12º :)
Enfim... é Álvaro de Campos!!
Miúda
Lindo o poema de Álvaro de Campos, como todos. Mas sentes-te assim?
Este tempo estúpido pôe todos, velhos e novos, envoltos num véu nublado que entistece e faz sonhar.
Beijinhos
Maria
adoro os poemas deste senhor :)
Bloguótico, para o descrever basta realmente dizer isso :D
Maria, infelizmente sinto e nem sei se a culpa é do tempo --'
Rosie, eu também gosto muito :)
beijinhos
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