(HPFSF)
Ana tinha tudo para ser a mulher ideal para que eu pudesse ser feliz sem contratempos.
A minha relação, que não tinha sido mais que umas férias de paixão com a Angélica, parecia ter tomado conta de mim.
Vivia desde as férias passadas em função dos seus humores, vivia para lhe agradar; e todas as minhas vontades e os meus desejos tinham completamente desaparecido. Cada dia que passava, o amor ou obsessão que tinha por ela era uma doença em estado terminal. Tentava agradar-lhe, e no entanto parecia que a sufocava. Cheguei á conclusão que mesmo que a amasse, jamais poderia obriga-la a amar-me da mesma maneira…
Já que não conseguia com que ela me amasse, propus-me a deixar alguém tomar esse lugar por ela.
A minha relação com a Ana, tinha-se tornado uma relação de amizade muito forte, conseguiu tornar-se em pouco tempo na minha maior amiga, na minha confessora, e na pessoa que mais desejei amar.
No entanto deixar alguém amarmos, sem que esse sentimento seja recíproco, parecia no momento, o mais acertado para poder esquecer Angélica.
Como combinado, Ana acompanhou-me á província para a visita ao templo em ruínas, e ajudar-me a tirar notas para o meu livro.
Deixamos que a noite caísse para poder criar um ambiente certo, para que pudesse ter uma boa concentração. Os enormes e enferrujados portões eram os nossos anfitriões na visita ao templo em ruínas.
Caminhando mais de quinze minutos, chegamos às enormes escadarias que procediam ao piso cimeiro. Começamos a subir lentamente, acompanhados pela pouca luminosidade dos nossos focos. As sombras, os ruídos nocturnos, e a súbita passagem por um gato em estado de pó, criavam em nós uma concentração e um estado de medo constante...
O medo que ambos sentíamos, aproximávamos cada vez mais!
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