“As nossas vontades e os nossos desejos por vezes encontram-se mais proximos da realidade do que aquilo que pensamos.”
(HPFSF)
Precisava de beber… Na verdade não me estava a sentir bem.
A Angélica e o Corvo preparavam-se para me abandonar.
- Como é possível? – perguntava eu em voz alta quando a Ana me veio atender. Ana não era gótica, era o que se pode designar de Emo sendo que, apesar de aparentarmos ter um estilo similar, tínhamos ideias muito diferentes e discutíamos muitas vezes.
- Então Angel? A falar sozinho? – pergunta ela em tom de gozo – Não me digas que aquela musiquinha que ouves te anda a pôr maluco?
- A sério, Ana… Hoje não! Estou cansado, não quero discutir! Traz-me um chocolate quente se faz favor – disse de forma brusca.
- Então Angel, o que se passa? Queres falar disso? – perguntou ela com alguma preocupação na sua voz.
Nunca pensei que a Ana se preocupasse comigo até aquele dia. E pela primeira vez, pensei que deveria começar a pensar em sair com outras pessoas de forma a tirar aqueles dois da minha cabeça.
Assim, decidi dizer a Ana que não se passava nada mas que ficaria melhor se ela me acompanhasse, na próxima folga dela, numa viagem à província para me ajudar a tirar notas para o meu livro.
Quando estava em casa, deitado no meu quarto, ainda pensava na forma como ela prontamente aceitou.
0 comentários:
Enviar um comentário